quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Zebrinha ou, se preferir, Amarelinho

O prédio é belo e amarelamente inconfundível



Conheci o bar no início dos anos 2000, quando ali na General Osório acontecia a Rua do Samba, todo último sábado do mês. Quando a música parava na rua, reiniciava-se dentro do bar. Não sei se o nome do bar já era Zebrinha, creio que não, mas quem sabe disso pode me contestar. O local já era bastante frequentado pelas pessoas que gostam de curtir samba no centro de São Paulo às sabados. 
 
Voltei ao local com o amigo Jacaré, que chegou de Brasília para cumprir alguns compromissos e também para dar um passeio. Ele mesmo sugeriu que fôssemos à General Osório. O Zebrinha foi o ponto final de nossa ida àquela rua, pois antes fizemos um pequeno itinerário musical. 

A General Osório tem três lojas de instrumentos musicais bem próximas - a Redenção, a Contemporânea e a Gope. Não é à toa que sambistas e apreciadores do samba se reúnem por ali. Primeiro fomos à Redenção. Ali encontramos o Fran, um companheiro que vende raridades do samba em DVDs e Cds. 

Sala do Choro, na Contemporânea
Depois fomos à Sala do Choro, na Contemporânea. É pura viagem no tempo e na música. Sentados em bancos de madeira e entre fotos e ilustrações de grandes compositores e intérpretes do chorinho, nos deliciamos com a boa música oferecida por aquelas pessoas que carregam nas marcas dos rostos, das mãos e da voz, uma grande história musical. 

Dali fomos ao Zebrinha. O bar está localizado na esquina da General Osório com a Rua do Triunfo. Chamado também de “Amarelinho”, tem os toldos e todos os detalhes dentro do bar na tal cor. Com fome, imediatamente pedimos uma feijuca e uma cerveja, as quais deliciamos enquanto o Grupo Centro do Samba se preparava para trazer mais música para os frequentadores do bar, incluindo os músicos e cantores da Sala do Choro. 

Feijuca pra matar o que tá matando a gente

O povo se prepara pra tocar e nós bebemos cerveja

Emílio chegou tão logo o samba iniciou. E logo mais tivemos a grata surpresa de encontrar os amigos Célio, Érica, Willliam e Ângela. Curtimos uma tarde inteira de choro e de samba. É possível fazer isso todos os sábados ali na General Osório. 

E rola o samba com o tiozinho na panelinha

Um brinde ao samba


Gente animada!
 
Dali, infelizmente tive que sair quando ainda rolava a música. Mas para mim o dia ainda não tinha terminado. Com o ingresso na carteira para o show de Jair Rodrigues, despedi-me do bar e de todos e segui. Ainda haveria o terceiro tempo neste sábado especialmente musical.

3 comentários:

  1. Encontrar os amigos é sempre bom .. ainda mais para curtir uma bom samba e tomar uma cerva..

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  2. A Salinha de Choro da Contemporânea é uma bleleza! O encontro de várias gerações de músicos, profissionais e amadores, e todos os apreciadores de música da mais alta qualidada e de raizes populares... o Choro é nossa alegria!- o lema que nos une e reúne! O samba e o choro que se renovam, que resistem, que se recriam, que jamais sucumbirão. O bar do Zebrinha é a prova do aprendizado! A música continua nos bares, nas esquinas, nas ruas...

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    1. E como continua. Em breve vamos juntas lá. Deixa só eu ter as condições $$$$$ rsrsrs, pois ir na Sala do Choro e não passar no Zebrinha depois não dá, né, nêga...

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Muito agradecida!