terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Ninguém é de ferro!

Então aproveita todas as festas neste fim de ano, sejam elas no bar, na firma, na casa dos amigos, em sua própria casa. 

Daqui vão os mais sinceros votos de que as festas continuem em 2015 e que cada uma seja para comemorar uma nova vitória!


Boas Festas!




Tudo de bom pra vocês em 2015! 
Não esqueçam de me chamar pro bar!


terça-feira, 25 de novembro de 2014

Novas amizades de bar


Chegamos ao Bar Amigos do Zé, na noite de um sábado, em uma turma grande. Gi, Helô, Angélica, Pole, Talita, Mariol e Guilherme caminhamos do Arouche até a Roosevelt pra fechar o dia e curtir a noite com as merecidas cervejas. Mais tarde chegou o Adriano e, em seguida o Márcio.  

 
Cada um pedindo duas cervejas?

 
Outras noites depois fui com Ísis, Borba, Cyra, Bob, Merlyn e Kátia. Levei o Jacaré uma noite, mas estava fechado, em uma segunda-feira (fica o aviso que fecha).

Eu não conhecia o bar. Mas logo que cheguei adorei. Promoção no preço da cerveja é tudo que eu gosto. Coisas boas de comer incentivam a beber mais. E a decoração é daquelas que você pára pra ver cada coisa que está na parede e no teto, e mais que uma confusão, é um conjunto que dá uma identidade ao bar e busca que você se identifique com o lugar também.



Badulaques pelas paredes e no teto

O candelabro de Heineken é um sucesso!

Se você for ao Zé, recomendo que beba as cervejas que estão na promoção, para aproveitar. Atualmente, a Paulistânia está custando R$ 8,90 (preço de supermercado!). É nesta que nós vamos sempre. E pra comer, os lanches são super bem servidos e com acompanhamento de batatas fritas. Mas o que é delícia demais mesmo é a porção de bolinhos de carne. Vale muito a pena conferir.


Lugar pra beber Paulistânia super gelada e por bom preço



E o Zé? Ah, o Zé é daquelas pessoas que você já simpatiza na hora e conforme você passa o tempo ali no bar, você vê que ele é assim, querido, com todo mundo. 


 
Ele sabe o que o gente quer!



O que me disseram é que ele era garçon amado do Espaço Parlapatões, também ali na Roosevelt. E depois abriu o bar, alguns metros adiante, no mesmo lado da calçada. E quando fez isso, bastante gente pulou para o bar dele.  É assim, né, gente? A pessoa que conhece os que gostam de bar se garante. E eu garanto pra vocês, que quando chego na Roosevelt, pulo todos os bares da rua e vou lá pro finzinho, no Amigos do Zé.



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Snooker, bebidas e rock'n roll


Escolhe você o lugar, Talita. É o SEU aniversário”. Foi o que enviei por SMS para a aniversariante que estava na maior dúvida sobre onde levar Poleana e eu para festejar.

E ela escolheu, enfim, o Atlanta, um bar com snooker que fica na Lapa. No caminho já fui me localizando. Pensei: “estamos indo pro lado do Valadares”. Adoro o Valadares, bar de cerveja gelada e petiscos maravilhosos. Não deu outra, o Atlanta fica bem em frente, na esquina oposta, Rua Faustolo com Rua Crasso.


Do Valadares a gente vê assim a fachada do Atlanta

Não é um bar qualquer, não! É coisa phyna! Não é pra ficar olhando o povo jogar. O lugar tem 27 mesas de snooker (isso mesmo, 27!). 


Lá perto do vidro e da porta de entrada nós ficamos,
porque precisava facilitar as coisas pra fumante aqui.

Todas elas têm mesa e cadeira porque você não vai lá só pro vício do jogo. Vai pro vício da bebida também. E pra embalar tudo isso, o melhor do rock'n roll e do blues, mas o melhor mesmo. 


Entre uma partida e outra... entre uma cerveja e outra...

A escolha da Talita foi ótima. Já deu pra ver que a garota tem tino pra achar uns bares bons pra gente ir. No mais, festejamos o aniversário dela com boa música, muita conversa e eu consegui ganhar ao menos uma das rodadas de snooker, apesar de Talita ter ajudado a Pole o tempo todo (rsrsrs). Mas o que vale mesmo é a amizade e os momentos bons de serem compartilhados. E valeu demais naquela noite, com as meninas, no Atlanta. Parabéns, Talita, pelo seu aniversário e pela sua ótima escolha!

 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Enologia selvagem: vinho jurubeba (I)


 

Por Xico Sá


Li agora, na revista “são Paulo” desta Folha, que a catuaba virou modinha de baladas de bacanas. Não sem merecimento, como diria o dublê de Conan aí acima do desenho do Benício que enfeita o rótulo da marca “Selvagem”.

Coisa linda. A cidade melhora quando uma bebida da ralé migra para outra categoria ou classe. Quando ocorre o contrário, melhor ainda, sinal que houve uma certa democratização do goró da gente phyna -fato social bem mais raro, põe raro nisso.

Aproveito o bigu na ótima matéria do colega Rafael Balago para resgatar uma velha crítica que fiz sobre outra fonte de embriaguez e sabedoria popular: a jurubeba.

Se no vinho metido está a verdade (In Vino Veritas), In Jurubeba Fabulari, ou seja, na jurubeba está o poder de fabular,  mentir, xavecar etc.

Sem mais arroto, vamos à sofisticada degustação deste sommelier da caatinga:

A primeira expedição, como no filme “Sideways”, teve como destino Aratu, na Bahia. Não poderíamos iniciar com outro licor dos deuses que não fosse o vinho macerado da Solanum paniculatum, a rica fruta conhecida vulgarmente como jurubeba, a pinot noir de quem nasceu para beber, não para cheirar a rolha e desgustar como uma freira.

Mal você abre a tampinha de lata reciclada –é mais ecológico, a cortiça vive uma crise na Europa-  e já percebe se tratar de um vinho compacto, com um bloco de aromas em leque perfumando o ambiente, mesmo o pior dos pés-sujos da Lapa de Baixo.

De perfil aromático limpo e complexo –nosso crítico também não trabalha com amadeirados e quetais-, o Jurubeba Leão do Norte guarda a essência de extratos de cravo, canela, quássia, boldo e genciana. O tanino de caráter rijo junta-se ao caramelo de milho e dá tintas finais à uma coloração entre o rubi e frutas negras do semi-árido -com halo aquoso ainda em formação.

Repare no sabor fugidio do jatobá e da flor de muçambê, com florais de mulungu e pau-d´arco ao longe. No todo, o equilíbrio chama a atenção. E de que mais precisamos, amigo papudinho, do este suposto equilíbrio no momento da volta ao lar doce lar?!

O vinho de jurubeba harmoniza bem com a gastronomia de sustança. Pratos sugeridos: mocotó, mão-de-vaca, chambaril,  bode e caprinos no geral, javali, teju etc.

Podemos aplicar ao jurubeba o mesmo impressionismo paradoxal que o renomado crítico Robert Parker usou para definir o Romanée-Conti: “Aromas celestiais e surreais…”. Seja lá que diabo ele quis dizer com essa xaropada de adjetivos.

Saúde! Porque se os outros vinhos ajudam o coração, o jurubeba é reconhecido na medicina popular como um fortificante da cintura para baixo. Afrodisíaco no último.
Até a próxima visita às adegas e aos alambiques mais roots do país. Mande também a sua sugestão de nossos melhores licores.

E lembre-se, amiga, antes uma bela de uma mentira amorosa de um macho-jurubeba do que uma verdade arrotada por um homem-bouquet -aquele camarada que aplica o caô do especialista em vinhos finos. Corra Lola, corra.





segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Churrasco de bar. Adoro!


Eu já tava cismada que andava pelo centro da cidade de Porto Alegre pela milésima vez e não via uma churrascaria sequer pra apreciar uma boa carne assada. “Gaúcho é tudo falador mesmo”, pensava. “Só sabe fazer churrasco em casa, só pode ser”. Mas eu já tava mesmo era brava. No Mercado Municipal, o dono de um estabelecimento me disse que havia uma ali por perto, sim, mas era bem simples. Disse que os donos são uns “gringos” (forma que o gaúcho chama os descendentes de italianos), e que apesar de simples, serviam ali bom churrasco.

Avenida Júlio de Castilhos, atrás do Mercado. Seguir em direção à rodoviária. A churrascaria está do lado direito da calçada. Passa o terminal de ônibus, no próximo quarteirão. Eu quase não vi a churrascaria, porque a entrada é pequena, e ela parece mais é um barzão daqueles bem véio. O que me chamou a atenção foi a placa na entrada.


Se não fosse esta placa...
Pulei pra dentro. Só faltou a pingaiada no balcão. Porque eu tava entrando num barzão. E logo vem um dos “gringos”, no sorriso simpático, me receber:

- Olá, o que a senhorita deseja?
- Eu quero churrasco, uai (esse uai eu herdei dos tempos de Belo Horizonte).
- Ah, vou te colocar numa mesa especial e você vai comer um bom churrasco.


Estilo barzão

Animei. Realmente o lugar era bem simples. Mas, queria ver o que ia sair dali. Ele me colocou bem perto da porta por onde saem as carnes assadas. Pedi uma Original. Não tinha. Mas tinha Serra Malte. Ôpa! Aí sim. Fiquei olhando, não tinha buffet pra me servir. Saquei que o lugar era dos tradicionais mesmo. Não demorou e o tiozinho veio trazendo um monte de coisas boas, um pouquinho em cada travessa. Bem a cara de churrascarias do Sul. “Agora sim, vou comer churrasco de verdade em Porto Alegre”, pensei. E não me enganei.


Acompanhamentos deliciosos, bem caseiros!

Olha, vieram vários tipos de carnes, todos muito deliciosos. Mas a costela! Ai, a costela! Se tem um critério, para mim, sobre a qualidade de uma churrascaria, é a qualidade da costela assada que servem. E a costela servida na Churrascaria Continental, de Porto Alegre, do ambiente simples, do local que parece um barzão, é boa demais! Desossada, né? Começa por aí. E a carne macia, macia, com um sabor muito gostoso. Eu tô escrevendo aqui e a água tá correndo na boca.

Não fotografei a costela, na hora, porque eu só pensava em comê-la. Ainda sou degustadora das antigas. As imagens desta publicação eu peguei da internet. E estava sozinha, não havia nenhum aficcionado em fotos de comida comigo. Sendo assim, fica a dica pra vocês. Em Porto Alegre há algumas churrascarias para turistas, nunca fui, talvez sejam boas e confortáveis. Mas com certeza eu voltarei na Churrascaria Continental ainda neste ano, porque além de parecer um barzão, tem uma costela desossada maravilhosa lá me esperando. Bora, Seu Cadore?

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Eu quero é comemorar!

Como diz o amigo Emílio, a gente sempre tem um bom motivo pra beber na sexta-feira. O de hoje é bom demais: 25 mil visualizações do blog Pra quem gosta de bar. Você, que entrou agora nele, está contribuindo pra isso. Na verdade esta postagem foi só pra arredondar o contador ainda hoje, pois queremos bebemorar.





Como vocês sabem, o blog não está com regularidade e as postagens estão bastante espaçadas, devido ao deslocamento das idéias etílicas para a produção concreta do conhecimento científico. Não tá fácil, mas de vez em quando a gente passa por aqui pra contar um causo e apresentar um lugar novo.

Quem quiser fazer um brinde com a gente hoje fique à vontade de chegar pra comemorar.

Valeu! Estas 25 mil visualizações foram alcançadas com o envolvimento de vocês, conferindo o blog ou fazendo companhia nos bares pra contarmos mais histórias. Bora batalhar pelas 50 mil visualizações agora!


Boa sexta-feira e bom fim-de-semana!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O sonho de quem gosta de bar

Quem gosta de bar não vai pro recinto só pra beber, mas pra comer também. Já viu, né? Torresmo, batata frita, baião de dois, camarão alho e óleo, feijoada, coxinha... a lista vai longe. O jeito é orar e pedir:




Nesta, infelizmente, não dá mais tempo... Boa semana!


Esta charge, e outras, são publicadas em http://tulipio.uol.com.br/

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O futuro está bem incerto, mas o passado tá registrado


Box 36 é o nome do bar que eu também estou em dúvida se vai reabrir no Mercado Municipal de Florianópolis depois das reformas que estão acontecendo ali. Se não reabrir, será uma pena, mas uma pena mesmo. Isso porque se tem um bar pelo qual eu sempre passava nas vezes em que eu ia para Florianópolis, este é o Box 36.


Pequeno e simples do jeito que
  a gente gostava


Minúsculo e simples, com bom atendimento, cerveja sempre gelada, comida deliciosa (especialmente o pastel de camarão com queijo) e preço justo. Quem é que não vira freguês de um bar destes? A gente não só vira freguês, como leva os amigos para conhecer.


Até amigo internacional levei pra conhecer



Foto-maldade:
camarão no alho e óleo do Box 36


Além do espaço dentro do mercado, o Box 36 também dava a oportunidade de você beber “aquela” cerveja na calçada do Mercado, em frente ao bar. E o movimento do centro da cidade ali, passando na sua frente.



Delícia as mesinhas na rua!
  

Queria que o Box 36 continuasse ali, do jeitinho simples dele, mas não sei, não... Essa tal reforma do Mercado de Florianópolis tá me parecendo que é pra elitizar a coisa. E se assim for, não caberá o Box 36, daquele jeito, ali. Pena, pena mesmo. Mas tem amigo já sugerindo pra vir aqui pra Barra Funda, né, Daniel?


quinta-feira, 24 de julho de 2014

O que virá ali?


Ele ficava bem na entrada do Mercado Municipal de Florianópolis. Ajeitadinho, além de bar era fiambreria. Então ficavam ali os embutidos pendurados, fazendo vontade na gente. 


Bar e fiambreria: o útil e o delicioso

O Alvim, não estará mais lá quando o Mercado reabrir, após a reforma. Pelo que fiquei sabendo, através da Adriane, com a reforma foram feitos também novos editais para utilização dos espaços. E o Alvim ficou de fora. Sacanagem, só posso dizer isso. Sacanagem porque já era a tradição do lugar. O que virá ali? Sei, não.

Mas então, pra lembrar o Alvim vem esta postagem. Fui poucas vezes, mas todas as vezes que ia ao Mercado lá estava ele.

A melhor delas começa assim: era uma vez um frio do cão em Florianópolis! E chovia muuuuito. Mas a saudade dos amigos que ali moravam era enorme, e marquei de irmos a um bar pra beber e bater papo. Foi neste dia que pela primeira vez bebi no Alvim. Encontrei-me com Xisco e Carol e fomos direto ali, pra nos escondermos do vento e da chuva. Depois chegaram Adriane e Daniel. Bebemos algumas cervejas e pude ver que ali não era muito meu lugar, pois só havia long neck (a lôc néc dos manézinhos). Mas ali ficamos e comemos um camarão ao bafo (que estava maravilhoso!) e acabamos nos esquecendo do frio. Foi ali e nesse dia que fiquei sabendo, de primeira mão, que Carol estava grávida. Sobrou felicidade com a notícia, e tivemos mais um grande motivo para beber mais umas.





E aí pra marcar a experiência neste bar, descobri que pra ir ao banheiro eu teria que entrar numa gaiola que me levaria até o andar superior. Pára tudo! “Vem cá, Xisco, faz uma foto” e muita risada. Risada não, gargalhada. Quem me conhece sabe como é. Fica a pergunta: o próximo bar a se instalar ali terá esta gaiolinha também?
 

Valia beber uma ali só pra
dar um rolê na gaiola

Eu não era frequentadora do Alvim, mas, sei lá, sem ele ali o Mercado vai ficar esquisito.



terça-feira, 3 de junho de 2014

Reencontro e um Boteko


Fazia tempo que eu não saía com amigos para beber uma cervejas em Porto Alegre. Nas passagens rápidas pela cidade me sobrava nada de tempo para isso. E pela internet eu combinava com Roselita que se desse tempo nos encontraríamos. Felizmente tive uma brecha nas andanças pelo Rio Grande e pude passar uma noite da casa da amiga.

Prontamente Roselita ofereceu-se para me levar para beber uma cerveja. Ela mora no centro histórico de Porto Alegre e para chegarmos ao bar que ela escolheu foram pouco mais de 5 minutos. Boteko Andradas, é o nome.


O Boteko fica no Centro Histórico de Porto Alegre,
em frente à Casa Mário Quintana

É o tipo de bar que eu gosto, com mesas na calçada, onde se pode fumar. Tem cerveja bem gelada, e balde com gelo para mantê-la assim. No cardápio tem cervejas artesanais. Naquela noite escolhi beber Coruja, uma cerveja feita no Rio Grande do Sul. A Coruja Extra-Viva, como eu, é super saborosa. Pedi uma garrafa de um litro. Achei meio esquisita, parece aqueles vidros de benzina. Mas o sabor manda pra lá qualquer estranheza.


O vidro parece de benzina,
mas é cerveja que tem dentro rsrs

A sugestão para comer é uma porção gigantesca, o picadão que tem tudo um pouco. Pedimos meia porção e levamos metade pra casa. Tem polenta frita (muito bem feitinha), coração, carne, pepino em conserva, queijo, frango, calabresa, azeitona, queijo e... sei lá se tinha mais alguma coisa ali. E alface embaixo disso tudo é só pra enfeitar, né, gente? A porção é generosa e deliciosa.


A porção é gigante!

O Boteko Andradas é super bem localizado, em frente a Casa Mário Quintana, um centro cultural lindo e sempre com programação interessantíssima, na Rua dos Andradas, bem no centro histórico de Porto Alegre.
A Roselita estava muito mal de gripe, tomando fortes remédios, então ficou no suco de laranja. Eu nem vou colocar nossa foto desta vez, porque não dá pra estrear no blog com um suco na mão. Ou seja, matamos as saudades do bom papo, mas da boa cerveja juntas, não. Vai ficar pra próxima viagem ao Sul, com certeza, quando ela me levará a mais um bar pra eu mostrar pra vocês.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Um pedido mais que realizado


Mais uma vez visitei Giane e Dalmo rapidamente, em Joinville, e fizemos um intensivão de bares, cervejas e coisas boas de comer. Sempre que vou à cidade, na qual morei no final dos anos 80, eles me levam ao oposto do germanismo que geralmente é mostrado ali.

Mas na viagem de julho do ano passado foi diferente. Eu pedi para que me levassem a um local onde pudéssemos beber chopp e comer gordices alemãs. Quando pedi, eu pensava, assim, em um belo joelho de porco, bem feitinho. O local que escolheram foi o Biergarten, o “jardim da cerveja”, em português. Olha que maravilha!


Todo estiloso e germânico...
 

Bem, o Biergarten não é um bar. É um restaurante, e não é popular, já digo de saída. Mas é um local onde você fica bem à vontade, ainda mais quando senta-se nas mesas que ficam na parte externa do restaurante. Os garçons eram super atenciosos, o chopp estava no ponto e a comida, simplesmente maravilhosa.


Feliz demais no jardim (e com o chopp na mão, claro!)

Minha sugestão para quem quiser conhecer o Biergarten é abrir os trabalhos com o chopp, claro. Quando começou bater a fome pedimos um prato que foi sugestão do Dalmo: o Hackpeter. Ô gente! Ele causa muita estranheza! Mas o sabor é bom demais. Foi a novidade mais novidade, eu creio, que experimentei no último período.

O Hackpeter é preparado na mesa, pelo garçon, que traz os ingredientes e os mistura ali. É comida de deixar meus amigos vegetarianos loucos da vida comigo. Mas, fazer o quê, se eu gosto tanto de carne que a como até crua? É um bolo de carne crua, com ovo cru, azeite e temperos cortados bem pequenininhos, tudo misturado, pra comer com pão. Não sobrou nem um pouquinho. Devoramos o Hackpeter. Se você fez cara feia de imaginar, tem razão, pois a gente só sabe como é gostoso quando prova.


O garçon prepara o Hackpeter
na mesa, ali na sua frente
 
E pra fechar, pedimos, então, o sonhado joelho de porco, o Eisbein. Ma-ra-vi-lho-so! Só tenho que recomendar o joelho de porco do Biergarten para quem tiver a oportunidade de passar por Joinville. 



Só de olhar a foto e lembrar me vem água na boca

Depois de tanta bebelança e tanta comilança só me restou sair meio que rolando do restaurante e tombar pra dentro do táxi que me levou até o aeroporto. A despedida de Giane e Dalmo, ali no Biergarten, foi muito digna, devo dizer. 



Amizade de longa data e muitas histórias
 
Nós nos conhecemos há tanto tempo, temos grande amizade e gostamos demais de fazer este tipo de programa juntos, seja lá em Joinville, seja em São Paulo, quando eles vêm pra cá. Agora é a gente se preparar para a próxima. Que a bebida e comida continuem nos unindo e mantendo aquele clima do bom papo e dos prazeres da vida. Ô coisa boa!




segunda-feira, 7 de abril de 2014

Saudades forévis




Antonio Carlos Bernardo Gomes, o Mussum, foi músico, ator e humorista. Nasceu no dia 7 de abril de 1941, e por isso é homenageado neste blog no dia de hoje. Junto com os Originais do Samba, cantou músicas que até hoje agitam as rodas. E na TV, no programa Os Trapalhões, deu vida ao personagem que gostava de “mé” (gíria utilizada para cachaça) e falava de um jeito todo particular que ficará na mente “forévis” de quem acompanhou o trabalho dele. Pra quem gosta de bar, vale a pena relembrar Mussum em ação e rir pra matar a saudade:





Boa semana que se inicia!

segunda-feira, 10 de março de 2014

Havia um bar no meio do caminho


Candombe é um ritmo musical de origem africana e faz parte cultura uruguaia desde o século XVIII. Foi com os escravos que o ritmo, baseado principalmente no batuque dos tambores, chegou ao país. Nas ruas e nos carnavais uruguaios ele é ouvido. O Candombe é a sobrevivência do acervo ancestral africano da raiz Banto trazidos pelos negros que chegaram pelo Rio da Prata. Foi perseguido durante muito tempo, pois era tratado de música de marginal. Recentemente o Candombe do Uruguai foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, pela Unesco.
Há muitas coisas para falar sobre o candombe, mas esta é só uma introdução para eu apresentar um bar que tem este nome e se localiza em Colônia do Sacramento, Uruguai.


Em um dia lindo, com um céu destes, à
procura de uma cerveja, encontramos o Candombe


O Candombe Resto Bar é simplesmente o local que nos acolheu, Thiago e eu, quando estávamos super necessitados de uma cerveja gelada e algo para beliscar, para podermos dar continuidade ao nosso passeio pela cidade. É um bar e restaurante (por isso Resto Bar).
 
Obar tem mesas na calçada e até no meio da rua, com guarda-sóis. A cerveja é servida em balde com gelo. No dia em que fomos não estava lotado e nos sentimos à vontade entre os frequentadores, todos turistas do tipo mais desencanados. Fica na Rua da Praia (Calle de la Playa), na Cidade Velha, em uma casa antiga, de onde se vê um pedaço do Rio da Prata emoldurado pela ruazinha e por por flores. 


Calle de la Playa e o visual que
tínhamos enquanto bebíamos nossa cerveja

 
Ali bebemos nossas queridas Patrícias e comemos brochete (espetinho) e chorizo (linguiça) na brasa pra acompanhar. 


Nossa mesa no meio da rua
 
E um grupo de artistas de rua tocou músicas típicas uruguaias, dentro e fora do bar, passando logo depois “la gorra” (o chapéu), o que é muito típico em cidades turísticas no Uruguai.


Artistas de rua tocam para os frequentadores
 
Soube por outras pessoas que à noite o bar é agitado, tem karaokê e vai muita gente. Não posso dizer se é legal porque não fui. 
Mas de dia... Não pudemos estender o tempo por ali porque Thiago e eu tínhamos muito mais coisas para ver em Colônia. Mas, que deu vontade de ficar mais deu. Só o tempo que ficamos valeu tanto, foi tão agradável, que de lá mesmo já veio a vontade de compartilhar com vocês no blog a dica para quando forem conhecer o Uruguai. Quem gosta de bar e tiver esta oportunidade,  sugiro que vá beber ao menos uma Patrícia no Candombe...

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O bar que é a minha cara!

- Tem um lugar em Montevidéu que, se você for, vai gostar muito. É muito parecido com os bares que você gosta aqui no Brasil – disse Veteca, companheiro uruguaio que estuda comigo.

- Se você diz, quero conhecer. Como se chama? - perguntei, já que estava preparando a viagem ao país.

- Tortuguita. Tartaruguinha, como vocês dizem aqui – respondeu Veteca.

Beleza, anotei a dica. Um dia depois que cheguei em Montevidéu, no final de dezembro, fui buscar o amigo Thiago, que chegava de São Paulo, no Terminal Tres Cruces, em um domingo de manhã. Deixamos as coisas dele no apartamento e partimos para a Feira de Tristán Narvaja, conhecida pela venda de antiguidades.  


Coisas lindas nas antiguidades!


À procura de um Cortázar
 
Na verdade, ali é vendido de tudo: frutas, verduras, roupas, aplicativos para computadores, artesanatos, utensílios de cozinha, ferramentas, petiscos e tudo mais que se imaginar. 


Nunca tinha visto espeto de batata assim. Achei na feira.

 A feira tem o nome de uma rua que se localiza perto da Universidade Nacional, mas acontece em várias outras ruas perpendiculares a ela. O Tortuguita fica bem na rua Tristán Narvaja.

Caminhando na rua Tristán Narvaja, entre as barracas, avistei um bar de esquina amarelo. De longe achei meio a minha e cara e conforme fomos nos aproximando avistei mesas na calçada, que eu adoro. E, na rua, uma estrutura de madeira, tipo um deck, com mais mesas em cima e guarda-sóis. Vejam bem, não era um deck destes cheio de frescuras, não. Um deck simples, que apenas amplia o espaço de atendimento do bar.



O Tortuguita agitado desde lá de dentro até o deck.
- Que bar da hora! Minha cara! Vamos tomar uma breja ali, Thiago? - não hesitei.

Olho a placa do bar: Tortuguita. Veteca tinha razão. Ele tinha certeza que eu gostaria do bar e eu adorei. 




Claro que buscamos uma mesa no deck para sentar e apreciar o movimento da feira. Roberto, o garçon que nos atendeu, é um senhorzinho, assim como os demais garçons da casa. Estava meio de mau humor, porque não costuma trabalhar aos domingos (pelo menos é o que deduzimos das informações que Veteca deu pra gente depois). Mas atendeu muito bem.

 
Provamos a argentina, que é boa...

As pessoas vão à feira e aproveitam para se refrescar no Tortuguita, para se alimentar e bater papo. O bar é popular, tem carnes e salgados (pizza e fainá, principalmente) por preços justos. Recomendo que peçam o entrecôte, que na Tortuguita se trata de um super bifão de carne macia, de quase 3 dedos de espessura, super bem feito na chapa. Maravilhoso! Ali experimentamos a Patrícia (cerveja Uruguaia) e a Zillertal (cerveja argentina). Ponto pra Patrícia.


Mas a Patrícia, esta uruguaia...
Ah! Foi ela que ganhou ponto!
E, assim, conhecemos a feira de Tristán Narvaja e o Tortuguita, onde passamos boa parte do tempo. De litro em litro, nos refrescamos, grau por grau, do calor que fazia em Montevidéu. Com tantos brasileiros (que gostam de bar) que estão aproveitando as férias no Uruguai, não posso deixar de recomendar o Tortuguita. E Veteca é um amigo o qual não posso deixar de reconhecer que sabe bem qual é o meu gosto para bar. Acertou em cheio. Ainda bem.