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Tem um lugar em Montevidéu que, se você for, vai gostar muito. É
muito parecido com os bares que você gosta aqui no Brasil – disse
Veteca, companheiro uruguaio que estuda comigo.
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Se você diz, quero conhecer. Como se chama? - perguntei, já que
estava preparando a viagem ao país.
-
Tortuguita. Tartaruguinha, como vocês dizem aqui – respondeu
Veteca.
Beleza,
anotei a dica. Um dia depois que cheguei em Montevidéu, no final de
dezembro, fui buscar o amigo Thiago, que chegava de São Paulo, no
Terminal Tres Cruces, em um domingo de manhã. Deixamos as coisas
dele no apartamento e partimos para a Feira de Tristán Narvaja,
conhecida pela venda de antiguidades.
Coisas lindas nas antiguidades! |
À procura de um Cortázar |
Na
verdade, ali é vendido de tudo: frutas, verduras, roupas,
aplicativos para computadores, artesanatos, utensílios de cozinha,
ferramentas, petiscos e tudo mais que se
imaginar.
A feira tem o nome de uma rua que se localiza perto da Universidade Nacional, mas acontece em várias outras ruas perpendiculares a ela. O Tortuguita fica bem na rua Tristán Narvaja.
Nunca tinha visto espeto de batata assim. Achei na feira. |
A feira tem o nome de uma rua que se localiza perto da Universidade Nacional, mas acontece em várias outras ruas perpendiculares a ela. O Tortuguita fica bem na rua Tristán Narvaja.
Caminhando
na rua Tristán Narvaja, entre
as barracas, avistei um bar de esquina amarelo. De longe achei meio a
minha e cara e conforme fomos nos aproximando avistei mesas na
calçada, que eu adoro. E, na rua, uma estrutura de madeira, tipo um
deck, com mais mesas em cima e guarda-sóis. Vejam bem, não era um
deck destes cheio de frescuras, não. Um deck simples, que apenas
amplia o espaço de atendimento do bar.
O Tortuguita agitado desde lá de dentro até o deck. |
-
Que bar da hora! Minha cara! Vamos tomar uma breja ali, Thiago? - não
hesitei.
Olho
a placa do bar: Tortuguita. Veteca tinha razão. Ele tinha certeza
que eu gostaria do bar e eu adorei.
Claro que buscamos uma mesa no deck para sentar e apreciar o movimento da feira. Roberto, o garçon que nos atendeu, é um senhorzinho, assim como os demais garçons da casa. Estava meio de mau humor, porque não costuma trabalhar aos domingos (pelo menos é o que deduzimos das informações que Veteca deu pra gente depois). Mas atendeu muito bem.
Claro que buscamos uma mesa no deck para sentar e apreciar o movimento da feira. Roberto, o garçon que nos atendeu, é um senhorzinho, assim como os demais garçons da casa. Estava meio de mau humor, porque não costuma trabalhar aos domingos (pelo menos é o que deduzimos das informações que Veteca deu pra gente depois). Mas atendeu muito bem.
Provamos a argentina, que é boa... |
As
pessoas vão à feira e aproveitam para se refrescar no Tortuguita,
para se alimentar e bater papo. O bar é popular, tem carnes e
salgados (pizza e fainá, principalmente) por preços justos. Recomendo que peçam o entrecôte, que na Tortuguita se trata de um super bifão de carne macia, de quase 3 dedos de espessura, super bem feito na chapa. Maravilhoso! Ali
experimentamos a Patrícia (cerveja Uruguaia) e a Zillertal (cerveja
argentina). Ponto pra Patrícia.
Mas a Patrícia, esta uruguaia... Ah! Foi ela que ganhou ponto! |
E,
assim, conhecemos a feira de Tristán Narvaja e o Tortuguita, onde
passamos boa parte do tempo. De litro em litro, nos refrescamos, grau
por grau, do calor que fazia em Montevidéu. Com tantos brasileiros
(que gostam de bar) que estão aproveitando as férias no Uruguai,
não posso deixar de recomendar o Tortuguita. E Veteca é um amigo o
qual não posso deixar de reconhecer que sabe bem qual é o meu gosto
para bar. Acertou em cheio. Ainda bem.
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