terça-feira, 28 de maio de 2013

Entre lendas e músicas

por Augusto Juncal


O que faz de um bar, um bar? Podem ser muitas as respostas. Mas a melhor de todas, (bom, menos, compa), uma das melhores, vai … uma das melhores respostas vem de São Luís do Maranhão. Quem for a essa cidade e não conhecer o Bar do Léo, melhor dizer que só conheceu o aeroporto. Eu tô na dúvida de qual é o melhor: se é o Bar do Gera, no Bixiga, ou o do Léo. Mas cada um tem seu estilo, a começar pelo dono. Depois eu explico isso!!! 

O Bar do Léo, cujo dono se chama Léo, fica num bairro chamado Vinhais, num mercado de hortifruti. Aliás, mercado não! Feira mesmo!!!! É considerado o museu da música!!! Só indo lá para saber o porquê!!! Não vou dizer!! A decoração? Também só indo lá pra ver. Também não vou dizer. 

Não dá pra dizer, mas dá pra mostrar a decoração


 
Música por todos os lados
  
A comida? Só indo lá para comer. Também não vou dizer!!! As tripinhas!!! Aiiiii as tripinhas crocantes!! E a cerveja é garantia de gelada. 


As tripinhas!!!


Só isso deve justificar para que insistamos em ir lá apesar do Léo!!! O Léo!!! O que eu quero dizer mesmo é quem é o Léo. Também só indo lá pra ver e conferir. Devo dizer que ele deve ser parente do Seu Lunga!!! Pensa numa pessoa simpática e delicada!!! 


Seu Léo, dono do bar, tem seu estilo
 
Embora a mim e a Guê ele foi todo encanto (é que fomos com um velho conhecido dele, e claro com a Guê que é só sorriso, não tem Seu Lunga que resista, e eu também tenho lá minha simpatia). 


Para conhecer e recordar sempre


Mas as lendas sobre o Léo são tantas quantas as do seu Lunga. Quero dizer que o bar toca musica, muitas músicas, musicas de todo tipo e gosto. Mas não pode pedir. Léo toca o que ele quer. Se não gosta, vá embora!!! Dançar? Nem em pensamento. Não pode nem se remexer na cadeira. Tocar violão? Nossa, expulsão na certa. Namorar? Só através de olhares espios. Beijar! Jesus do céu! Conta a lenda (que é verdade, conhecendo Léo dá para acreditar) que numa noite um casal desavisado se beijou no bar. Foi um beijo ardente e perfumado. Léo chegou com duas notas de 50 reais e disse: “50 pro táxi e 50 pro motel”. Mandou o casal embora. Outra vez um pessoal se queixou de alguma coisa. Na hora ele disse: “pode ir embora agora e não precisa nem pagar”. Mandou o grupo embora. E quando ele quer fechar o bar e tem gente ainda, a pessoa pede cerveja e ele tira a cerveja de dentro do engradado e serve quente! Está claro aí para bom entendedor!!!! E assim é Léo. Mas ninguém deixa de ir lá.

Um tempo atrás a prefeitura queria tirar o bar dalí dizendo que ele destoava da feira (é o único empreendimento ali, além dos feirantes). Mas, logo veio a reação. Os frequentadores se reuniram todos, e disseram: “aqui é a feira que destoa do Bar do Léo”. O bar ficou, e ali está. 


O bar ali ficou
Claro, está. Para quem ainda não entendeu isso, é um bar do povo. Não rola classe média metida a besta e burgueses inúteis, esses bichos estranhos. É povo! Muita gente de movimentos sociais também. Agora, quando o Léo tá de bom humor, como nesse dia, ele seleciona as pessoas com quem ele simpatizou na noite (mandando os outro embora). Fecha o bar e faz sua seleção de música preferida para os escolhidos. É uma experiência que não dá para dizer. Tem que ter vivido!!!

Se você é um dos nossos, é gente do povo, gente brasileira que leva a vida de boa, quando for a São Luís, não deixe de ir no Bar do Léo!!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Talento junta amigos, com certeza


Estamos chegando no local combinado e de longe avistamos Rose, com as mãos para cima, segurando um litrão de cerveja na mão, e gritando:

- Gente, aqui a cerveja litrão é R$ 4,50!

Nada a estranhar a não ser o preço da cerveja, que estava realmente barato comparado aos outros lugares onde já havíamos bebido. Nada a estranhar também porque Rose é assim mesmo, uma pessoa super expressiva. E quando viu o preço da cerveja ali, com preço tão inferior ao que ela pagava em outro bar, não coube em si.


Feliz com o preço da cerveja!
 
Isso aconteceu há um ano e sempre é bom relembrar. O fim-de-semana de feriadão que passamos, Emílio e eu, junto ao Raul e aos amigos de São Vicente ficou realmente no conjunto de nossas histórias de bar.

Pedro nos encontrou um dia antes, em outro bar, e divulgou o risoto de frutos do mar que ele serviria no dia seguinte, em uma padaria meio bar. Ele estava falando do Empório BRA, que fica na esquina da Avenida Marechal Deodoro com a Avenida Nossa Senhora das Graças. Não precisou muito para Emílio e eu nos escalarmos para ir junto. E foram ainda o Raul, o Companheiro, a Rose e o Montoia. Juntaram-se a nós, lá, outros amigos desta turma.



Uniforme de bar?


  
Sorridente, Pedro nos serviu. Sorridentes, saboreamos a delícia de risoto de frutos do mar que ele fez, acompanhada de outra maravilha de maionese de atum. 


Tudo preparado com carinho...

 
Fica uma delícia!

E a tarde passou que foi uma beleza. Com a cerveja bem mais barata que nos outros lugares e a comida maravilhosa do Pedro, não podia ser diferente.


Tarde boa demais! Entre causos e risos...

Depois, neste mesmo dia, um domingão, ainda teve chão a nossa expedição nos bares de São Vicente, mas outras postagens contarão o que aconteceu.