Sempre
tive um grande desejo de conhecer Manaus, saber como seria uma
capital no meio da floresta, saber mais sobre sua história, sua
gente, e seus... claro, seus bares! Em abril do ano passado eu
consegui! Achei uma super promoção de passagens e parti também
para rever a amiga Cristiane, que fazia muuuuuuito tempo que não a
via, e agora vive em Manaus. Tudo certo, tudo da hora!
À
tarde a Cris articulou uma companhia pra ir aos bares à noite
comigo, pois ela teria que trabalhar. Chamou Ilana, uma amiga que foi
aluna dela. E, segundo a Cris, Ilana com certeza seria a melhor
pessoa, pois é como nós, que gostamos de bar.
Ilana, minha guia na noite de chegada! |
Logo
que nos conhecemos ela me disse que dois bares seriam importantes de
eu logo conhecer: O Bar do Armando e o Caldeira. Os dois bares são
históricos de Manaus, marcados pela presença da gente de esquerda,
intelectuais e artistas. Bares onde você encontra conhecidos e
amigos, basta estar lá. Bora então!
Mesas ocupam a rua. Pessoas ocupam as mesas. Pessoas ocupam as ruas. |
Fomos
a pé e chegamos rápido ao Largo de São Sebastião. De longe eu já
vi mesas e cadeiras pro lado de fora do bar. E gente, lá é
diferente isso. Enquanto aqui a gente procura por mesas na calçada,
lá eles colocam as mesas na rua! Sério! Quer coisa melhor que esta
ocupação de rua? #OcupaTudo
Boteco sem luxo, com arte e com cerveja. |
O
Bar do Armando é grandão e dentro tem uns bonecos enormes. Fiquei
olhando maravilhada aquela arte ali exposta. Em
2015 o bar foi incluído na lista de Patrimônio Cultural Imaterial
do Estado do Amazonas. É um botecão, não tem luxo, mas tem arte e
cerveja gelada. Os bonecos são
os que saem no carnaval junto com a Banda
Independente Confraria do Armando (Bica).
Fiquei miúda perto dos bonecos. |
O
bar é de lá dos meados dos anos 70, bom
pra falar sobre política e cultura, ou só beber cerveja e contar
causos. Foi assim que nossa
mesa composta de duas, Ilana e eu, foi aumentando, com pessoas
conhecidas que passavam por ali. Ilana me apresentou Soraia, pessoa
querida e estudiosa das bibliotecas pelo mundo (ela tem um blog sobre
isso: http://www.cazadoresdebibliotecas.com/).
Ficamos
ali a contar causos, eu conhecendo um pouco mais as meninas e outros
amigos delas que passavam por ali e bebiam uma cerveja gelada no
calorão de Manaus. Cris chegou mais tarde, após o trabalho e bebeu
a merecida do dia. Infelizmente neste dia não tinha o
famoso sanduíche de pernil
da casa.
Fotografaram bem na hora em que foram buscar mais breja. |
E
assim, no calorão do Norte, em frente ao Teatro Amazonas, sob as
bençãos de São Sebastião, a minha primeira noite em Manaus se
fez. Tentei depois dar mais um rolê com a Ilana, em outro dia, mas
infelizmente ela estava com super compromissos e não deu. A Cris
acertou na companhia pra eu dar a largada nos bares na cidade.
Aqui em Sampa estou a espera
para também poder levar estas meninas aos bares daqui.